Vereador em seu terceiro mandato, Marcelo tem o apoio da maioria da Executiva

Paula Cabrera

O vereador de oposição Marcelo Oliveira (PT) viu seu nome ser alçado para a pré-candidatura à Prefeitura de Mauá, após ser o único vereador a não receber a visita da Polícia Federal na investigação da Operação Prato Feito, deflagrada em 2018 na cidade. "Vejo tudo com muita calma. As decisões irão acontecer na hora certa e o nosso partido será soberano", afirma ele.

A ideia do Marcelo, até o ano passado, era a de apoiar o ex-prefeito Oswaldo Dias (PT) para o Paço. Tanto que quando o partido discutiu a chapa de deputados, Marcelo não lançou seu nome, que era ventilado nos bastidores para ser um dos candidatos à vaga federal. Nas eleições, no entanto, Oswaldo não teve os votos computados pela Justiça Eleitoral. Existiam três processos que foram citados na ação de impugnação proposta pelo procurador regional eleitoral para o pleito de 2018, entretanto segue um desses processos na Justiça podendo provocar, novamente o indeferimento da candidatura. "Respeito muito o Oswaldo, nos conhecemos há muito tempo e sempre estivemos juntos, pelo bem da cidade", diz ele, que prefere evitar a antecipação da candidatura majoritária do PT.

Nos bastidores, no entanto, seu nome ganha cada vez mais força. Com a nova diretoria do PT em Mauá, e a reeleição de Júnior Getúlio, tudo caminha para que Marcelo encabece a chapa no próximo ano, sem a necessidade de prévias. Internamente, ele é apontado como o preferido para 70% da nova executiva.

A história de Marcelo com a cidade e o movimento sincicial é antiga. Morador do Zaíra desde o nascimento, Cipeiro na GM, seis mandatos e diretor FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos), Marcelo ocupou ainda o cargo de diretor social no Sindicato dos Metalúrgicos em São Caetano do Sul por dois mandatos. No PT desde 2002, ele está atualmente em seu terceiro mandato de vereador. Na primeira eleição em que concorreu, em 2008, foi o vereador mais votado da coligação. Em 2012 foi o mais votado da cidade e, em 2016, o único eleito pelo PT.

Casado e pai de três filhos, - um 28 anos e outros dois com 9 e 4 anos -, Marcelo, aos 47 anos, vê a possibilidade de ser prefeito como um grande desafio a ser superado. "Temos vivido muita instabilidade. Sabemos que chegando lá, o buraco (rombo financeiro) vai ser enorme. Mas estamos preparados para trabalhar, sem medo e com muita esperança, olhando para um todo, para a população mais carente, garantindo a melhoria da qualidade de vida da nossa população", afirma.