Cidade possui o maior bicicletário da América Latina e vereador espera que programa ajude a aumentar segurança para usuários

Paula Cabrera

Pedalar em espaços sem ciclovias é rotina para trabalhadores de Mauá. Por isso, o vereador Leonardo Alves (PSDB) propôs uma lei para incentivar a utilização da magrela na cidade. Segundo a proposta, aprovada no Legislativo, a ideia é oferecer cursos de segurança e opções de modais e contribuir para o acesso ao uso de bicicletas. O município conta atualmente com apenas cinco quilômetros de espaços exclusivos para bicicletas, embora tenha o maior bicicletário da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), com 2.000 vagas, localizado na Estação Mauá. "A cidade ainda sofre para ampliar a integração dos meios de transporte em suas principais vias. É uma luta diária com veículos e pedestres. Acho que precisávamos ganhar atenção maior da Prefeitura e a lei vai nessa linha. Hoje usar a bicicleta é a melhor alternativa até por conta da Covid-19”, diz o vereador.
Instalando em 2001 para atender a demanda de pessoas que deixavam suas bicicletas nas proximidades da Estação Mauá da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), o bicicletário da cidade se tornou o maior da América Latina, com 2.000 vagas. Embora ofereça estrutura diferenciada, com banheiros e oficina, por exemplo, o espaço é subutilizado – opera com 25% da sua capacidade. Isso porque, conforme usuários do modal, faltam políticas públicas que incentivem a prática, como ciclovias e a garantia de segurança durante o deslocamento.
"Nossa proposta entra dentro disso para divulgar o programa, dar maior ênfase para que as pessoas conheçam melhor as opções que tem de transporte para o centro, sendo a bicicleta uma delas", diz.
O bicicletário de Mauá se propõe a ser mais do que apenas local usado por ciclistas para guardar as ‘magrelas’, já que oferece desde banheiros feminino e masculino, café, até serviços de empréstimo e conserto de bikes. A administração do espaço fica por conta da Ascobike (Associação dos Condutores de Bicicleta de Mauá). Outro diferencial é a existência de vagas especiais para mulheres, idosos e crianças, onde a bicicleta é acomodada horizontalmente
Os ciclistas podem optar entre pagar diária de R$ 3 ou se associar e arcar com mensalidade de R$ 25. O local funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano. "Agora, nossa proposta segue para sanção do prefeito Marcelo Oliveira e nossa expectativa é de que seja aprovado e ajude a popularizar o uso da bicicleta", conclui Leonardo.