Prefeito conversou com o JNC e diz estar tranquilo sobre pedido de informações da DPU

Paula Cabrera

O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), falou nesta sexta-feira (10/9) com o JNC sobre como recebeu a informação da denúncia protocolada por Matheus Prado no Ministério Público Federal por crime de responsabilidade. O político alega que a vacinação em Mauá não estaria sendo distribuída de maneira igualitária e que 70 mil pessoas, que morarariam nos bairros mais pobres, não teriam tido acesso à vacinação. A Defensoria Pública Federal entendeu que a análise do caso era importante e deu prazo de cinco dias para que a administração responda aos questionamentos.

Ao JNC, Marcelo disse estar tranquilo sobre a situação em geral. "Estamos fazendo nosso trabalho. Mauá é uma das cidades que mais vacinou. Fizemos mutirões de sucesso, implementamos busca ativa para a segunda dose. Colocamos ponto de vacinação na rodoviária, no centro. Fomos o primeiro município a colocar um ponto móvel, que é o carro da vacina. Entendo que o momento exige cautela e, por isso, a Promotoria foi criteriosa, mas estou tranquilo que esse pedido será encerrado quando mandarmos os dados", disse.
Outro ponto que gerou ruído foi a decisão de levar vacina às escolas privadas do município. Alunos do colégio renil receberam o imunizante na quarta-feira (8/9). Segundo a administração, "a cidade tem uma das vacinações mais avançadas e planejadas do Estado de São Paulo. O atual governo segue o preconizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), cujo atendimento é universal, voltado a todas as pessoas, independentemente de raça e classe social. Portanto, não há priorização de um grupo em detrimento a outro.

Ao JNC, Marcelo explicou que a Prefeitura cumpriu o protocolo solicitado pelo governo do Estado para pedir autorização para vacinar alunos a partir de 12 anos nas escolas estaduais e aguarda a liberação. "Essa é mais uma ação para ampliar a vacinação na cidade que deveria ser parabenizada, não questionada. A Secretaria de Saúde de Mauá iniciou as conversas com escolas públicas e privadas para ampliar a vacinação na cidade no mesmo período, há cerca de duas semanas. Ocorre que as escolas privadas aceitaram prontamente, enquanto para as públicas estaduais foram necessários envios de ofícios para a delegacia de ensino - o que já foi feito -, para a liberação das doses nas unidades. Por este motivo é que a vacinação nas escolas privadas foi iniciada antes", afirma a administração.
Mauá já aplicou 459.491 vacinas contra a Covid, 313.819 pessoas receberam a primeira dose, 132.782 a segunda dose e 12.865 tiveram acesso a doses únicas, além de 25 terceiras doses. A cobertura vacinal dos maiores de 18 anos passou dos 90%. A cidade foi uma das poucas a não paralisar a campanha de vacinação, iniciada em janeiro de 2021.
Outra cobrança constante é o fato de Mauá não disponibilizar vacinação aos sábados. Marcelo diz que, para isso, a cidade faz mutirões e prepara mais um neste sábado. "O município já realizou pelo menos três mutirões de vacinação e tem outro programado para o próximo sábado (11/09). Na última segunda-feira (06/09), mesmo em meio ao feriado prolongado, entrou em operação o 'carro da vacina', que percorreu as principais vias da cidade para levar a vacinação itinerante à população.

Isso sem contar com o trabalho de busca ativa realizado pelas equipes de Saúde da Família. Já foram aplicados imunizantes também em mais de 200 pessoas que estão em situação de rua, em um trabalho integrado das secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social", diz.