Mensagem em grupos de whatsapp mostram vagas abertas para plantões próximos; Fundação ABC nega problemas

Paula Cabrera

A nova empresa contratada pela Fundação ABC para gerir os serviços médicos e coordenar as quatro UPAs de Mauá segue com dificuldades para contratar médicos p suficente para manter os plantões com quatro profissionais atendendo em cada um dos equipamentos da cidade. Mensagens em grupos de médicos, as quais o JNC teve acesso  mostram oferta de vagas para postos de plantão a serem ocupados no dia seguinte. As mensagens são de sexta (2/10) para serem preenchidas no sábado (3/10). As unidades com maior dificuldade são as Upas da Vila Assis e do Zaíra, que teriam plantões, supostamente, sem nenhum profissional contratado. Nos bastidores, médicos afirmam que a empresa contratada pela Prefeitura de Mauá teria histórico de atrasar salário dos profissionais. Para minimizar a situação, a empresa oferece pagamento à vista na mensagem do whatsapp.

A MAX Saúde começou  a operar na última quinta (1/10). A empresa que nao constava na última ata de registros de preços a qual o JNC teve acesso na semana passada.

Com o histórico de atraso no pagamento dos profissionais, apenas 20% do atual corpo médico contratado pela Aleluia Serviços Médicos, que era responsável pelos serviços  até setembro, teria aceito renovar acordo com a nova escolhida para seguir trabalhando em Mauá.

Profissionais procurados pelo JNC relataram dificuldades nos atendimentos durante todo o fim de semana, inclusive pelo menor número de médicos contratados e a possibilidade de terem de aumentar o número de plantões. O JNC manterá o nome dos profissionais em sigilo para evitar retaliações, mas as escalas liberadas após a entrada da nova empresa poderiam aumentar em até três o número de plantões de cada médico para evitar a falta de profissionais nas UPAs e em outros equipamentos de Saúde da cidade.

Nos bastidores, a informação seria a de que a gestão do prefeito Atila Jacomussi ( PSB) teria ligação direta com o pedido de troca da empresa responsável pelo serviço. O tempo de contrato seria de 90 dias, que casaria com o período eleitoral.

Em nota, a Fundação do ABC informa que, "em função do acordo judicial assinado junto à Prefeitura de Mauá e ao Ministério Público, homologado em agosto de 2020 pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a entidade está realizando chamamentos públicos para o estabelecimento de novos contratos com os prestadores de serviços do Complexo de Saúde de Mauá (COSAM) e encerramento dos contratos emergenciais vigentes. No caso específico do chamamento público para contratação de empresa médica, o processo foi finalizado e os serviços tiveram início em 1º de outubro, em contrato firmado por 12 meses. Não procede a informação de redução no número de médicos. O novo contrato tem exatamente o mesmo número de plantões contratados anteriormente, sem nenhum prejuízo ao atendimento dos munícipes. Os médicos da antiga prestadora de serviços têm a possibilidade seguir atuando pela nova empresa, desde que tenham esse interesse e concordem com as políticas do novo empregador. Vale destacar que a empresa vencedora do chamamento público apresentou proposta financeira menor do que a praticada pela antiga prestadora de serviço, o que possibilitará a realização de novos investimentos em favor da melhoria constante do sistema municipal de Saúde. Ademais, os serviços médicos nas unidades de saúde de Mauá estão ocorrendo normalmente e a Fundação do ABC não recebeu nenhum comunicado da empresa prestadora de serviços sobre eventual dificuldade para os plantões do final de semana, que deverão funcionar normalmente e com equipes completas."