Paula Cabrera

A Câmara de Mauá votou nesta quinta-feira (27/2) o veto dado pelo prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB) ao investimento inicial de R$ 80 milhões que seria dado pela Sabesp para assumir os serviços de água de Mauá.
A Prefeitura enviou o projeto novamente para à Camara para evitar problemas jurídicos no contrato, já que o vereador de oposição, Adelto Cachorrão (Avante) protocolou no Ministério Público pedido para invalidar o contrato, exatamente pelos vetos aprovados pela administração. Cachorrão alegava que a permissão para entrega da água para a Sabesp foi aprovada prevendo o investimento e qualquer modificação necessitava nova avaliação da Casa de Leis.
Segundo o prefeito, a retirada dos R$ 80 milhões não deve prejudicar os investimentos previstos pela Sabesp na rede da cidade. Em entrevista ao JNC, Atila explicou que o valor seria depositado em um fundo municipal para gerir outros serviços. Segundo a Prefeitura, Mauá abriu mão de receber R$ 80 milhões imediatos para receber, mensalmente, 4,5% do faturamento da empresa na cidade - o que renderia R$ 315 mil por mês, R$ 3,7 milhões ao ano aos cofres municipais, de acordo com o valor arrecado mensalmente pela Sama hoje, que é de R$ 7 milhões. O prefeito argumenta que a mudança não tira investimento na rede de tubulações, mas altera o repasse ao Fundo Municipal, criado especialmente para gerir ganhos da empresa na cidade.
O investimento total previsto pela Sabesp em Mauá não muda. Serão investidos R$ 73 milhões em melhorias nos cinco primeiros anos de contrato em Mauá.
Segundo a própria concessionária, o acordo renderá R$ 332 milhões nos 40 anos de contrato. Desse valor, R$ 219 milhões seriam destinados para investimentos. Os outros R$ 113 milhões seriam encaminhados para o Fundo Municipal, para serviços como contenção de encostas, drenagem, resíduos sólidos e outros serviços ligados a sarjetas e guias.
Com a nova aprovação, s a previsão é de que a Sabesp assuma o serviço até o final de março.