Paula Cabrera

A primeira sessão legislativa da Câmara de Mauá em 2020 foi marcada por reviravoltas. O projeto do Executivo para transformar a bonificação de vale transporte dos servidores em cartão de passagens não foi colocada na ordem do dia, mas a Prefeitura emplacou, em primeira votação, um projeto que prevê que o uniforme escolar seja comprado pelas famílias de alunos das escolas municipais com um voucher de R$ 200 reais dado pela municipalidade.
"A ideia é garantir tranquilidade para as famílias desde o início do ano letivo. Com o voucher, não é necessário abrir licitação para a compra. A Prefeitura credencia confecções da cidade, os pais podem escolher a que preferem e sair de lá com o kit completo de camisetas, agasalhos, calças, bermuda e meias", explicou o secretário de Governo Paulo Sergio Pereira.
A decisão, no entanto, foi criticada pela oposição, que acusa o governo de direcionar repasses para confecções antes da entrega dos uniformes. Paulinho negou a informação. "O projeto segue os moldes de São Caetano do Sul e São Paulo e deve facilitar o acesso aos uniformes pelas famílias dos alunos", disse.
Sobre o projeto que deve alterar o pagamento do vale transporte, Paulinho afirmou que o projeto tramitará nas comissões da Câmara e entrará na pauta na próxima semana. "Vamos conversar com o sindicato dos servidores e ouvi-los para acertar o que for necessário", afirmou.
O vereador Adelto Cachorrão (Avante) protocolou requerimento solicitando informações sobre o contrato emergencial fechado pela secretaria de Segurança para a locação de veículos para a Guarda Municipal de Mauá com a empresa Paulista Obras e Pavimentação, conforme divulgou o JNC.
Líder do governo, Vladimilson Garcia, o Bodinho (PRP) negou problemas. "Foi aberto processo de licitação e não houve interessados. Por isso não há irregularidades na contratação emergencial", disse Bodinho, sem justificar, no entanto, o motivo de a escolhida ter sido uma empresa que não possui no seu capital social a possibilidade de locação de veículos.
"Queremos explicações porque o dinheiro é do povo", afirmou Cachorrão.