Projeto do Executivo prevê arrecadação 14% maior do que a registrada neste ano

Paula Cabrera

A Câmara de Mauá aprovou nesta terça-feira (24/11) o Orçamento previsto pela Prefeitura para ser empenhado em 2021 nas contas da cidade. A Peça prevê que Mauá arrecadará R$ 1,2 bilhão no próximo ano, valor 14% maior do que o previsto em 2020, de R$ 1,08 bilhão.
Neste ano, a administração prevê a entrada em caixa exatamente do mesmo valor previsto em 2019. Apesar de prever um orçamento maior, a administração revela na peça que neste ano, a Prefeitura sofreu com a queda de arrecadação, que pode se estender em 2021. "A estimativa de receita anteriormente informada a essa Casa de Leis foi ajustada em decorrência da reestimativa de algumas receitas, inclusive, pela recessão econômica provocada pela pandemia da COVID-19 (SARS-COV-2) que resultou em queda de arrecadação no corrente ano, podendo se estender pelo exercício a que se refere o Projeto de Lei ora encaminhado", diz o documento.
O projeto revela ainda que a administração precisou rever repasses ao SAMA (Saneamento Básico de Mauá), que com a chegada da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de SP) passou a ter outras funções. "Caso as receitas da SAMA não forem suficientes para cobrir o custeio com as novas atribuições, o Executivo Municipal fará as transferências financeiras para cobertura do possível déficit de execução orçamentária, quando será designada autarquia dependente", afirma o documento.
Entre os maiores repasses estão os gastos com Saúde, com R$ 295,4 milhões (em 2020 doram empregados R$ 290 milhões no setor), e Educação, com R$ 213,1 milhões (contra R$ 193 milhões previstos no ano passado).
O orçamento recebeu 21 votos. O vereador Chiquinho do  Zaíra (Avante) estava ausente, então a peça recebeu 15 votos favoráveis e seis contrários. Votaram contra os vereadores Ozelito José (PSC), Melão (Cidadania), Adelto Cachorrão (Republicanos), Fernando Rubinelli (PTB),
Marcelo Oliveira (PT) e Professor Betinho (PSL). A preocupação dos vereadores é o fato de o orçamento poder estar superestimado e comprometer o caixa municipal.