Equipe do Colégio Leonardo da Vinci não recebe retorno da Confederação Brasileira de Desporto sobre os custeos da participação no evento

Paula Cabrera

Bicampeão de voleibol masculino, o time  do Colégio Leonardo da Vinci vive incertezas sobre a possibilidade de concorrer no campeonato Sul-americano. A equipe afirma que não recebeu nenhum retorno da Confederação Brasileira de Desporto, que deveria ser a responsável por custear as despesas dos atletas no campeonato que ocorre a partir da próxima semana, no Paraguai. "Eles partixiparam dos Jogos Escolares e ganharam na fase ouro, se classificando para o Sul-americano. Esse campeonato ocorreria em Brasília, mas foi cancelado. O Paraguai assumiu o evento, mas o Brasil não confirmou a participação. A responsabilidade para essas equipes participarem do campeonato é da União (governo federal). O Sul-americano já está com data para acontecer e a gente não tem nenhuma informação oficial. Se o Brasil vai participar,  se não vai participar. Eles (a equipe) têm o direito legítimo de participar, mas a CDB não deu nenhuma informação", diz Paula Comitre, uma das mães que participam da comissão das mães do voleibol.
A alegria da vitória durou pouco. A equipe representou o Estado de São Paulo e venceu a E.M. Erwin Prade, de Santa Catarina na final por três sets a zero, conquistando pela segunda vez o primeiro lugar na categoria Mirim - Sub-15, nos JEBs (Jogos Escolares Brasileiros), título que já havia vencido em 2021. O feito aconteceu na segunda- feira (14/11), na Arena Banco do Brasil, Parque Olímpico, Rio de Janeiro.
A equipe disputou o troféu após vencer os JEBs estaduais, em Lindóia (SP). Na competição nacional, participaram todos os 26 estados, o Distrito Federal e a equipe da cidade sede. O técnico e gestor da equipe, Osvaldo Luís Begliomini diz que se encontrou nesta segunda-feira (28/11) com um advogado para solicitar um mandato de segurança para garantir que a equipe possa participar do campeonato. Integrantes da comissão de transição do governo Lula também já teriam encaminhado ofício para a CBD pedindo que os atletas pudessem receber os recursos para participar da competição. Secretário de Esportes de Mauá, José Luiz Ferrarezi teria feito o contato com a equipe de Lula. "O que poderia ser feito foi feito. O mandato de segurança é rápido e pode auxiliar para que tenhamos resposta num tempo hábil. Participar desse Sul-americano é nosso direito", diz o técnico.
Além do técnico Osvaldo, a equipe é formada por: uma auxiliar técnica, Milene Bunno; dois líberos, Aleks Marculino e Arthur Carrasco; dois levantadores, Caio Horácio e Nycolas Silva; quatro pontas, Cauã Casagrande, Samuel Carmo, Arthur Fragoso e Enzo Silva; três centrais, Otávio Campos, Gustavo Santos, Carlos Neto; e um oposto, Arthur Comitri.
Ao JNC, a secretaria de Esportes confirmou que acompanha o caso. "O município de Mauá ajuda o projeto voleibol através de uma parceria com disponibilização de recursos financeiros e com a cessão de espaço para jogos e treinos, mas a representação do time está sob jurisdição da União", afirma.
O JNC não recebeu retorno da CBD até o fechamento desta matéria.