Candidatos são obrigados a divulgar bens em seu nome para registrar candidaturas no TRE

Paula Cabrera

O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi ( PSB) declarou os R$ 87 mil confiscados pela Polícia Federal durante os desdobramentos da operação Prato Feito para a Justiça Eleitoral. Os candidatos são obrigados a declarar patrimônio próprio ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) no ato do registro de candidatura. A coligação de Atila já pediu o registro, que aguarda ainda aprovação do órgão.
Segundo o TRE, Atila declarou possui patrimônio de R$ 1.073,769,53. Entre os bens, Atila declara seu apartamento, na rua Álvares Machado, na Vila Bocaina como tendo valor de R$ 56 mil. O espaço teria ainda recebido melhorias em obras ao custo de R$ 25 mil. O valor chama atenção, já que um segundo imóvel em Santo André, no bairro Utinga, declarado por Atila custou R$ 600 mil. Mesmo o carro declarado pelo socialista - um Hyundai Creta Prestige- teria custado R$ 135 mil.
Atila divulgou ainda possuir um fundo de investimento em VGBL de R$ 170 mil. Por fim, o prefeito divulga a informação de "dinheiro em espécie, moeda nacional. Disponibilidade em caixa para eventuais despesas, os quais foram apreendidos em Operação Federal, devidamente declarado junto a Receita Federal, exercício 2019, ano base 2018 e continua apreendidos. R$ 87.0000".
A coligação de Atila apresentou documentos e solicitou o registro de candidatura nesta semana e conta com o apoio do PL, Patriotas, PCdoB, Avante e Solidariedade. Após os desentendimentos com Alaíde Damo (MDB) ao longo deste mandato, o prefeito bateu o martelo para ter Israel Aleixo, o Bel, seu braço-direito desde os tempos de seu mandato de vereadores como vice na chapa. Bel divulgou possuir R$ 847 mil em bens e patrimônios, sendo R$ 130 mil em espécie. Um VGBL de R$ 311 mil, uma caderneta de poupança com R$ 196 mil, outra com R$ 26 mil, além de um apartamento avaliado em R$ 160 mil.