No fim da sessão ordinária desta quinta-feira, foi lido projeto que mantém vencimentos com mesmo valor pelo próximo quadriênio

Paula Cabrera com agências

Após a polêmica sobre a possibilidade de aumento salarial para os cargos de prefeito, secretários, vice-prefeito e vereador em Ribeirão Pires, a Câmara oficializou nesta quinta-feira (13/08) as duas propostas que mantém os vencimentos atuais para o período entre os anos de 2021 e 2024, negando qualquer ação para um reajuste. A leitura das propostas foi feita no final da sessão. Segundo o Projeto de Lei 42/2020, o salário de quem ocupar a cadeira de prefeito a partir de 1º de janeiro seguirá R$ 20.042,34. Para o vice e secretários os vencimentos mensais serão de R$ 10.021,17. Já o Projeto de Resolução 02/2020 mantém os salários dos vereadores da próxima legislatura em R$ 10.021,17. Os dois projetos de manutenção dos salários seguem para as comissões permanentes e logo depois entram em votação em plenário

Ontrm foi divulgado um documento que teria sido encaminhado para todos os gabinetes dos 17 vereadores de Ribeirão, pela Secretaria Geral da Câmara. Nele, era pedida a opinião dos parlamentares sobre o aumento de salário do prefeito e dos secretários e dos próprios vereadores em 26,35%. Para se ter ideia, a inflação acumulada pelos últimos 12 meses, segundo o IPCA (índice de preços) foi de 4,01%, ou seja,o aumento seria seis vezes maior do que a inflação acumulada no período.
Caso aprovado pela Casa, os vereadores poderiam elevar o salário dos secretários, vice-prefeito e vereadores para R$ 12.661,25. Já o salário do prefeito passaria para R$ 25.322,52.
A sondagem gerou falatório na cidade, principalmente porque as contas públicas do município minguaram com a pandemia do coronavírus. Ribeirão Pires é uma das cidades da região com menor planta fabril por conta de legislação ambiental. A queda na arrecadação deverá ser uma das mais acentuadas para 2021.
Com a decisão tomando mídias sociais com caráter negativo, boa parte dos vereadores correu para se justificar contrário ao reajuste.
O vereador e pré-candidato a vice na chapa do ex-prefeito Clóvis Volpi (PL), Amigão D’Orto (PSB), chegou a questionar o presidente do Legislativo, Rato Teixeira (PTB), sobre a necessidade de votar as propostas jáque não haveria reajuste, mas o petebista alegou que estava simplesmente seguindo o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica do Município. Sem entrar em detalhes na polêmica sque foi levantada, Teixeira confirmou apenas que não haveria alteração nos vencimentos. “Aproveitando que o povo está assistindo (a sessão virtual transmitida pelo Facebook), não haverá aumento”.