Tucano tentava pedir novas eleições e barrar diplomação, mas foi derrotado

Paula Cabrera com agências

O prefeito eleito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), será diplomado nesta sexta-feira (18/12) sem o peso de processos judiciais sob seu registro. O  TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formou maioria e negou pedido do prefeito Kiko Teixeira (PSDB) que tentava barrar a diplomação do novo chefe do Executivo e do vice Amigão D’orto (PSB) por suposta improbidade administrativa.

Kiko protocolou o pedido judicial na corte com o objetivo de provocar novas eleições na cidade. O tucano argumentava que Volpi não poderia ter conseguido o registro porque teve suas contas como prefeito rejeitadas na Câmara. O TSE discordou. O caso virou, na verdade, um imbróglio judicial que ainda deverá ser analisado, sem comprometer o registro de Volpi. Na situação, a Câmara rejeitou as contas de Volpi sem permitir defesa. Ele questionou e conseguiu que uma nova votação fosse marcada após ele efetuar suas alegações. As contas, então, foram aprovadas pelos vereadores. Para a Justiça, no entanto, o caso virou uma aberração jurídica- eles entendem que seria inconstitucional um mesmo projeto ser julgado duas vezes pela Câmara. A situação ainda está em análise, mas dias antes da eleição, houve um parecer que confirmaria que a segunda votação seria inconstitucional- é com isso que Kiko tenta minar o novo governo eleito.
Na disputa, Kiko concorreu sob judice e toda a sua votação recebida foi anulada (19.273 votos). O atual prefeito foi condenado por improbidade administrativa enquanto prefeito de Rio Grande da Serra e caiu na lei da ficha limpa. Ele tentou mudar a decisão no STF (Supremo Tribunal Federal), sem sucesso.
Kiko ainda responde a um processo por possível ato de corrupção por ter desviado R$ 45 milhões da saúde durante período em que foi prefeito da cidade de Rio Grande da Serra.