
Por: Dayuri Priolean
Neste sábado (3), Lady Gaga realiza um show histórico e gratuito em Copacabana, no Rio de Janeiro, que deve reunir uma multidão. Mais do que uma das maiores estrelas da música pop mundial, a cantora também é símbolo de força e resistência para milhões de pessoas que convivem com doenças crônicas e autoimunes — muitas delas invisíveis aos olhos da sociedade.
Conhecida por seu talento, estilo ousado e engajamento social, Gaga já falou abertamente sobre seus desafios com a fibromialgia, uma condição crônica que provoca dores musculares generalizadas, fadiga, distúrbios do sono e impacto direto na qualidade de vida. A artista também revelou ter exames positivos para lúpus, uma doença autoimune inflamatória, ainda que sem manifestação grave até o momento.
A dor, que por vezes a afastou dos palcos e a obrigou a cancelar turnês, é parte da realidade de milhares de brasileiros que enfrentam diariamente condições semelhantes. E justamente em maio, mês dedicado à conscientização sobre doenças inflamatórias e autoimunes, o chamado Maio Roxo, o show da estrela pop reacende o debate sobre a importância do diagnóstico precoce, do acesso a tratamentos e, principalmente, da empatia diante de quem sofre com dores invisíveis.
O impacto da visibilidade de celebridades como Lady Gaga é imenso. Quando figuras públicas falam abertamente sobre suas condições de saúde, ajudam a romper o tabu, reduzir o preconceito e incentivar a busca por informações e ajuda médica.
O que é Maio Roxo?
Maio é o mês escolhido para alertar sobre doenças inflamatórias intestinais (como retocolite ulcerativa e doença de Crohn) e outras doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide, esclerose múltipla e a própria fibromialgia. Essas condições afetam o sistema imunológico, fazendo com que o corpo ataque a si mesmo, e ainda são, em muitos casos, subdiagnosticadas ou tratadas com estigmas.
Do palco à realidade
Enquanto Lady Gaga emociona multidões em Copacabana, seu exemplo mostra que nem todo sofrimento é visível, e que estar sob os holofotes não torna ninguém imune às fragilidades humanas. Sua trajetória reforça o quanto é necessário olhar com respeito para todas as pessoas que vivem com dor — seja no corpo ou na alma.
No mês roxo, que o brilho nos palcos também ilumine a luta silenciosa de milhões de brasileiros.