Prefeito da cidade enfrenta problemas com base aliada há meses e processo foi aberto por chefe do Executivo não responder requerimentos aprovados

Das agências

O prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB) sofreu uma nova derrota da Câmara Municipal, aprofundando ainda mais a crise entre os poderes na cidade. Nesta quarta-feira (15/9), a Câmara aprovou a abertura de dois processos de impeachment contra prefeito, com acusação de improbidade administrativa pela ausência de respostas a requerimentos formulados pelos parlamentares e por não divulgar portaria de nomeação de comissionados. A vice-prefeita Penha Fumagalli (PTB) tomará posse como chefe do Executivo interina, por 90 dias, prazo estipulado pela casa para apuração de duas denúncias recebidas pelo Legislativo contra o político. O segundo, no âmbito da CPI do Fura-fila da vacinação da Covid-19 na cidade. A pedido do oposicionista Claudinho Monteiro (PTC), a casa apreciou pedido de afastamento temporário de Claudinho, sob argumento que o político poderia atrapalhar o curso da apuração.
Foram nove votos pela abertura da comissão processante, pontapé inicial para a cassação do prefeito e quatro contrários.  Agnaldo de Almeida (PL), Benedito Araújo (PSB), Bibinho (Cidadania), Charles Fumagalli (PTB, presidente da casa), Claudinho Monteiro (PTC), Israel Mendonça (PDT), Marcelo Cabeleireiro (PSD), Marcos Costa, o Tico (DEM) e Raimundo Pulú (PSD) apoiaram o pedido. Elias Policial (Podemos), Marcelo Akira (Podemos), Zé Carlos (Cidadania) e Roberto Contador (Avante) rejeitaram a proposta.
A justificativa para instalação do procedimento contra Claudinho foi feita pelo munícipe Eduardo de Jesus Dias, que protocolou a denúncia contra o tucano sob argumento de que ele infringiu a LOM (Lei Orgânica do Município) e o regimento interno quando deixou de retornar aos requerimentos aprovados pela Câmara.
Depois da leitura da denúncia, o presidente da Câmara, Charles Fumagalli, deu início à votação sobre aceitação da comissão processante. O bloco de sustentação pediu adiamento da apreciação, sem sucesso. Depois, Contador formulou requerimento para suspender a sessão por dez minutos para leitura da peça. A oposição voltou a derrotar a base.
Os discursos dos vereadores foram acalorados. Contador, Akira, Elias e Zé Carlos utilizaram a tribuna para questionar o procedimento do Legislativo. A oposição, em peso, rebateu e listou série de suspeita de irregularidades que recaiu sobre os nove meses de gestão do tucano.
Na sequência das falas e com o resultado pela abertura da comissão processante, a mesa diretora sorteou os componentes do bloco. Formarão a equipe de apuração da denúncia contra Claudinho os vereadores Bibinho, Claudinho Monteiro e Araújo - os três da oposição. Monteiro será o presidente, Bibinho relator e Araújo, o componente