Partido anunciou que vai dissolver coligação com 'partidos de esquerda' e pode mexer com cenário eleitoral em toda a região

Paula Cabrera

O PTB confirmou a decisão de não permitir coligações com DEM PSDB, PT, PSOL, PDT, PCdoB, REDE, PSB, PCB, PSTU e PCO. O partido fez uma reunião na manhã desta quarta-feira (30/10) para definir se permitira as alianças já fechadas.

Em nota,  a executiva Nacional do PTB afirma que o "encontro virtual realizado na manhã desta quarta-feira (30/09), referendou a decisão tomada pelo presidente Roberto Jefferson de não permitir coligações municipais com partidos de esquerda. Essa diretriz, que havia sido discutida em reunião anterior da Executiva, foi objeto de duas resoluções assinadas pelo presidente, que proibiram as coligações do PTB com PT, PCdoB, PSOL, PSTU, Rede, PCB, PCO, DEM e PSDB. De acordo com o que ficou decidido por unanimidade na reunião da Executiva, os candidatos petebistas que estabeleceram coligações com esses partidos tiveram suas convenções canceladas", diz o comunicado.

O partido também já dissolveu a executiva estadual do partido, que estava sob o comando do deputado federal Campos Machado. A ideia de Jefferson, confirmada no comunicado, é alinhar a sigla aos objetos do presidente Jair Bolsonaro e, talvez, conseguir que ele opte pela legenda no pleito de 2022.

A decisão,  no entanto, coloca em xeque alianças do ABC.

Com a decisão,  o vice-prefeito de Ribeirão Pires, Gabriel Roncon (PTB) fica proibido de ser vice-prefeito na mesma chapa que Kiko Teixeira (PSDB). Em Santo André, a chapa do prefeito Paulo Serra (PSDB) também indicou Luiz Zacarias (PTB) para vice e pode sofrer reviralvolta. Já em São Bernardo, Luiz Marinho perderia sua vice, Ana Paula Lupino (PTB).

Marinho segue confirmando Ana Paula como sua vice e busca na Justiça o mantimento da aliança. Kiko e Serra ainda não se manifestaram sobre a situação.

Questionado sobre o que pode ocorrer com os reigstros de candidatura com petebistas  como vice após a decisão do PTB, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) respondeu que "caso haja requerimento dessa espécie (pedido de anulação e troca de nome) nos processos de registro de candidatura, o pedido será analisado pelo juiz competente. Por ser caso concreto, não há como informar qual será a decisão, se de fato houver o requerimento".