Paula Cabrera
A Prefeitura afirmou nesta semana que os permissionários que operam atualmente no Grêmio de Mauá devem ser retirados do espaço em breve. O clube foi entregue pela atual direção à Prefeitura de Mauá e deve ser tornar a Fiec (Fábrica Integrada de Educação e Cultura) Parque São Vicente.
A permissão foi aprovada na Câmara de Mauá em dezembro e causou falatório entre os vereadores. Já neste mês, os permissionários - que alugam espaços dentro do Grêmio - reclamaram do abandono do espaço em vídeo, questionando principalmente a falta de cuidados com a piscina. Dentro do Grêmio, o bar e a lanchonete da piscina e academia, assim como todos os equipamentos são alugados e os espaços são geridos por prestadores de serviços, que estavam preocupados com seu destino desde a decisão do presidente Marco Antônio Capuano, o Quinho, alde devolver o espaço ao Poder Público.
Em nota ao JNC, a prefeitura informa "que o permissionário do local era o Grêmio Mauaense, e que a lei foi alterada em Dezembro de 2019, e os mesmos já foram avisados. A Secretaria de Obras já está desenvolvendo o projeto, que será realizado por meio de um TCU (Termo de Compensação Urbanística), e todos àqueles que, eventualmente, estejam atuando no espaço, serão notificados para desocupá-lo para o início das obras."
A entrega do Grêmio à Prefeitura de Mauá tem causado a ira dos prestadores de serviços e de alguns sócios do clube. Em vídeos nas redes sociais, sócios remidos e usuários da academia reclamam da falta de manutenção do clube. "Alô Prefeitura, queríamos dizer que a academia do Grêmio segue funcionando. Estamos abertos das 6h às 22h, mas não podemos usar a piscina porque ela está verde. Uma vergonha", diz Edmilson Oliveira, que hoje é responsável pela academia do Grêmio.
Nesta semana, segundo Edimilson, a Prefeitura enviou material e técnicos para recuperarem a piscina.
Há ainda a informação de que alguns sócios remidos entrem com ação questionando a entrega, já que a decisão de devolução da área teria sido tomada sem o consentimento ou permissão aprovada por assembleia. Segundo Quinho a entrrga do espaço era a única maneira de manter o espaço aberto. Segundo ele, os custos de manutenção mensal são de cerca de R$ 50 mil, enquanto o caixa fecha mensalmente em R$ 12 mil.