A dengue se tornou um problema de saúde pública em Mauá. Pelo menos 105 pessoas já procuraram os serviços de saúde com sintomas da doença e o número de casos confirmados pulou de 2 para 44 nos primeiros três meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Do total de casos confirmados, 22 foram contraídos em Mauá, o que confirma que a infestação do mosquito Aedes Aegypti na cidade é uma realidade a ser combatida. No mês passado, um morador chegou a ser internado em um hospital de Santo André, mas não resistiu e morreu. A prefeita Alaíde Damo, confirmou em entrevista ao Jornal Nossa Cidade que elaborava um plano de ação contra a dengue. "Herdamos uma cidade com muitos problemas e não haviam ações efetivas para o combate à dengue e infelizmente soube desse óbito assim que assumi", disse.
O médico generalista Rubens Augusto explica que as enchentes que ocorreram neste ano propiciam o aumento de número de casos. "É um problema endêmico. As chuvas acabam causando o acúmulo de água em terrenos baldios. Já as enchentes pioram ainda mais esse cenário porque a força da água move entulhos, criando ambientes mais propícios para a proliferação do mosquito" diz o médico.
O cenário piorou ainda mais com a paralisação de serviços básicos de limpeza na cidade durante a época de cheias. O mato alto, a falta de limpeza das ruas, de bueiros nos três primeiros meses deste ano causaram seus tormentos. Serviços de capacitação da equipe, limpeza e remoção de entulhos foram praticamente paralisados.
Para combater a epidemia, a nova prefeita Alaíde Damo agilizou as contratações de trabalhadores para a Frente de Trabalho e enviou equipes de limpeza para áreas com maior número de casos registrados na cidade.
O cata-bagulho já passou por vários locais, entre eles, Parque das Américas, Jardim Zaíra e Vila Bocaina.
Segundo a Prefeitura, a campanha de conscientização foi reforçada e agentes de saúde vão de casa em casa procurar os focos de larvas, que é onde estão 80% dos criadouros dos mosquitos, fazendo a remoção ou limpeza dos locais para impedir que o mosquito nasça, pois eliminar em fase de larva é mais fácil que eliminar o mosquito adulto.
"Além desta ação, há o bloqueio em regiões de casos suspeitos, visita a pontos estratégicos como ferro velho, imóveis especiais como UBSs e escolas, além de fazer a Avaliação Densidade Larvária - ADL, para saber como está a infestação no município", afirma a Prefeitura.