Segundo a norma, para ter acesso aos absorventes as mulheres devem estar cadastradas no CRAS

Paula Cabrera

A Prefeitura de Mauá aprovou proposta do vereador Vaguinho do Zaíra (PSD) para fornecer absorventes mentruais para mulheres de baixa renda que morem na cidade. A Lei que confirma o serviço foi assinada pelo prefeito Marcelo Oliveira (PT) no última semana.
Segundo a norma, para ter acesso aos absorventes as mulheres devem estar cadastradas no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Os produtos deverão ser entregues pela Assistência Social, com critério de distribuição ainda não divulgado.

A chamada pobreza mentrual entrou no radar neste ano, após campanhas nas mídias sociais por parte de empresas e influenciadoras digitais.
Segundo um estudo de entidades da ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 700 mil meninas não têm acesso a banheiros ou chuveiro em seus domicílios no Brasil, e mais de quatro milhões não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais nas escolas.
As escolas estaduais paulistas também criaram um programa para atender adolescentes com produtos  de higiene. A medida pode atingir cerca de 1,3 milhão de meninas em mais de 5.000 escolas.
No Brasil, uma pesquisa coordenada pela antropóloga Mirian Goldemberg estima que uma em cada quatro estudantes já deixou de ir às aulas por não ter condições de manter a higiene no período das aulas.