Com decisão, cidade segue sem saber se poderá passar por nova eleição ou se prefeito eleito assume o cargo

Das agências

O prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) conquistou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o direito de voltar ao cargo de prefeito, mas a vitória durou pouvos minutos. Carlos Horbach, votou para acompanhar o parecer do relator e dar o cargo para Auricchio e, minutos depois, retirou a decisão e pediu para analisar melhor caso. Com o pedido de vistas, o processo sai do tribunal sem nova data para análise.
O julgamento do recurso para reverter a nulidade de seus  42,8 mil votos acontece nesta quinta-feira (28/10) e Auricchio vencia por quatro votos. A corte é formada por sete ministros e votaram para dar posse para Auricchio os ministros Carlos Horbach, Luis Felipe Salomão, relator, Edson Fachin e Mauro Campbell Marques. Com o pedido de Horbach, Auricchio seguexna berlinda.
Depois de mais de dois meses com o processo em mãos, o ministro Luís Felipe Salomão, liberou a análise do pleito do tucano. 
Desde 1º de janeiro a cidade era governada interinamente pelo vereador Tite Campanella (Cidadania), presidente da Câmara.
Auricchio foi considerado inelegível pela condenação sofrida com relação eleição de 2016, ano em que retornou ao Palácio da Cerâmica. À ocasião, a campanha do tucano recebeu as maiores doações de duas mulheres aposentadas – uma delas, inclusive, beneficiária do Bolsa Família. Ele foi condenado em primeira instância por captação irregular de doação eleitoral, sentença mantida pelas instâncias superiores.
Em abril, Salomão rejeitou recurso da defesa de Auricchio. Em junho, porém, autorizou a defesa oral das partes interessadas – além de Auricchio, estão incluídas na ação o ex-vereador Carlos Humberto Seraphim (PL, candidato a vice de Auricchio), o ex-vereador Fabio Palacio (PSD, candidato a prefeito), Mario Bohm (ex-Novo e ex-prefeiturável),o hoje secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Tortorello (ex-PRTB e ex-prefeiturável), o Psol e o Ministério Público.
O julgamento virtual ainda não chegou ao fim e falta a apreciação dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Sergio Silveira Banhos e Kássio Nunes Marques.