
Mauá é uma das cidades mais endividadas do Estado. A informação foi confirmada em Relatório divulgado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) referente ao balanço orçamentário de setembro e outubro deste ano. O Tribunal aponta que Mauá é o sexto município de São Paulo com maior variação negativa entre receita prevista e arrecadação efetivamente realizada. Na análise da corte, a diferença entre a estimativa de recursos no orçamento e o que de fato entrou nos cofres públicos é de 32,6%.
Ao entrar no quinto bimestre, a Prefeitura de Mauá esperava arrecadar R$ 1,268 bilhão, mas obteve R$ 863,6 milhões – um descompasso de R$ 404,4 milhões. O desempenho de Mauá só não foi pior do que São Simão (-44,4%), Cássia dos Coqueiros (-38,6%), Quadra (-35,2%), Santa Rosa de Viterbo (-35,1%) e Taquaral (-32,6%).
O valor da dívida ativa total da cidade - que está disponível no site no site do Tesouro- também aponta dívida consolidada que ultrapassa o valor previsto do orçamento. A situação, aliás, foi motivo de discursos acalorados na Câmara Municipal durante a votação do orçamento. "Neste ano a previsão não se consolidou. Em 2020, dificilmente se consolidará. É um cenário complicado qur se desenha psra nossa cidade, porque não há sinais de cuidado para pagar nossas dívidas e manter a cidade funcionando", afirmou Marcelo Oliveira (PT), que deve concorrer ao Paço Municipal em 2020.
Nas mídias sociais, o pré-candidato João Verissimo (PSD) também criticou a atual administração e o alto endividamento de Mauá. "A cidade precisa de um gestor que esteja preocupado em zelar pela cidade. É inadmissível município como Mauá estar nesta situação", afirmou.
Também pré-candidato à prefeito, Wagner Rubinelli (PTB) afirma que ainda é possível corrigir a rota e colocar Mauá nos eixos. "Mauá precisa de um gestor que entenda de políticas públicas. É possível firmar parcerias e conseguir colocar Mauá novamente na rota do desenvolvimento", disse.
A Prefeitura de Mauá foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta matéria.