Em live em suas mídias sociais, prefeito reuniu aliados para colocar fim à especulações de rachaduras no grupo político

Paula Cabrera

O prefeito de Ribeirão  Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), afirmou em transmissão realizada em suas mídias sociais que segue candidato, mesmo após o indeferimento de sua candidatura à reeleição. Para acabar também com as conversas que colocam a base aliada em pé de guerra, o tucano reuniu os presidentes de partidos de sua coligação e também seu vice, Gabriel Roncon (PTB).
Para desmentir os ânimos exaltados de sua equipe, Kiko colocou todos na live desta quarta-feira- com direito a Cezar de Carvalho, vice-presidente do PSDB e João Mancuso (PODEMOS), lado a lado. Ambos foram vistos exaltados na tarde de ontem (27/10) e durante a discussão, Mancuso teria empurrado Carvalho, que irritado teria lhe infligido socos no rosto.
Durante a gravação,  Jiko lamentou a "judicialização da campanha eleitoral" e disse que está firme quanto a possibilidade de conseguir o registro - sem justificar o caminho para tanto, já que ele recebeu ao menos quatro negativas das instâncias superiores.
Ele afirmou que o processo que recai sobre sua candidatura é antigo, de 2005 e simples e deve ser revertido agora antes da eleição, “que é o que eu acredito”, ou pode ser revertido imediatamente após o processo eleitoral. Neste momento, ele cita, claramente, que seus votos não devem ser computados na eleição "mas aparecerão quando conseguirmos, mesmo que leve três anos".
Kiko disse que, embora alguns pensem que ele deveria substituir seu nome nessa disputa, isso não seria justo com a sua história de vida política, com as pessoas que me apoiam e com o legado que já existe em Ribeirão Pires. “Digo isso porque o que está em jogo não é minha reeleição e sim o destino político e administrativo da nossa cidade”, disse.
Apesar de reunir todos os aliados no vídeo, os bastidores são tensos e em nada se assemelham a calma do tucano. Há informações de insatisfação, inclusive, de candidatos a vereador que ja procurariam adversários de Kiko para tentar aliança.

Entenda o caso
Kiko tenta reverter na Justiça a condenação por improbidade administrativa quando ainda era prefeito em Rio Grande da Serra e foi condenado por contratar o filho de um assessor direto, o que é crime previsto na Legislação Eleitoral. Como o prefeito já foi  condenado em duas instâncias, ele dificilmente deverá conseguir o registro de candidatura por cair na lei de ficha limpa
Desde que protocolou o registro, Kiko já perdeu  cinco pedidos para anular o andamento da ação.
Na semana passada, a defesa do prefeito recorreu ao ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), que rejeitou enquadrar a ação no efeito suspensivo de condenação - Kiko afirma que um candidato ao senado pelo MDB conseguiu concorrer e que isso abriria precedente para que ele também pudesse concorrer. No entanto, além de Lewandoskwki, o STF teria negado na terça-feira (27/10) atender ao seu pedido.