Sessão da Câmara aconteceria nesta sexta-feira

Paula Cabrera  com agências

O juiz Alexandre Chiochetti Ferrari concedeu nesta quinta-feira (9/12) um mandato de segurança para suspender a votação de impeachment da Câmara de Rio Grande da Serra que definiria amanhã o futuro do prefeito Claudinho da Geladeira (PSDB).
Segundo o juiz, há investigação em curso na Polícia sobre possíveis crimes por assinaturas e rubricas falsas, além de outros problemas. "Não se pode desconsiderar que as afirmações são graves e revelam inclusive suposta motivação por trás da deflagração dos processos de cassação do prefeito, de modo que, por cautela, até que os fatos sejam suficientemente esclarecidos, os  trabalhos devem ser suspensos, para se garantir a lisura do procedimento", diz o magistrado no documento.
Os vereadores votariam os relatórios das duas comissões processantes que atuam para cassar o mandato do chefe do Executivo. Os integrantes dos dois blocos aprovaram os documentos preparados após o período de apuração das denúncias.
A Câmara snalisa dois pedidos de impeachment: um para apurar a falta de respostas do Executivo a requerimentos de vereadores com pedidos de informações, foi aprovado por unanimidade. Já o outro investiga possível fura-fila da Covid-19 -- esse relatório obteve dois votos favoráveis e um contrário.
O prefeito Claudinho da Geladeira perdeu a governabilidade logo após assumir o cargo, no início do ano. Após aproximação com o grupo do PSDB e com o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, ele começou a trocar comandos na cidade e se afastou de Carlos Augusto César, o Cafu, ex-marido da vice-prefeita Penha Fumagalli (PTB).
Desde então, Claudinho não teve vida fácil na Câmara, onde encontrou ambiente hostil para aprovar os principais projetos do Executivo. Claudinho não conseguiu sequer indicar o líder do governo na casa.
O clima é tão hostil que em setembro, Claudinho foi afastado do caro pela Câmara,  que alegou que o prefeito poderia comprometer a investigação de impeachment se fosse mantido no cargo. Ele voltou em menos de 24 horas ao comando da cidade por decisão da Justiça. Quando retornou, o prefeito confirmou que faltava diálogo com a Câmara e que tentaria buscar estreitar laços com os vereadores, o que acabou não ocorrendo.