Caso da Família Gonçalves aconteceu em janeiro deste ano e teria envolvimento de filha mais velha do casal e companheira

Das agências

Começou nesta terça-feira (22/9), o julgamento do caso da Família Gonçalves, morta de forma brutal em janeiro deste ano supostamente pela filha e sua companheira. A audiência ocorreu por vídeo conferência, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo decidiu pelo formato de vídeo por conta da pandemia da Covid-19. O juiz Lucas Tambor Bueno, da Vara do Júri e das Execuções, comandará a sessão por uma câmera e monitor de TV, direto do gabinete dele, no Fórum de Santo André.
Com base no depoimento dos réus, Anaflávia Martins Gonçalves, filha das vítimas; Carina Ramos de Abreu, namorada de Anaflávia. Juliano Oliveira Ramos Júnior, primo de Carina; Jonathan Fagundes Ramos, primo de Carina; e Guilherme Ramos da Silva, vizinho dos primos; das testemunhas, do MP (Ministério Público) e da defesa dos acusados, o magistrado decidirá se eles irão a júri popular.
Segundo o advogado de defesa de Anaflavia e Carina, Sebastião Siqueira Santos Filho, a primeira audiência terminou por volta das 17h. No primeiro dia, apenas as testemunhas foram ouvidas. "A audiência terá continuidade no próximo mês e os acusados serão os últimos a falar", declara Siqueira. A próxima audiência ficou marcada para o dia 16 de outubro, também a partir das 13h3. 

O caso 
Flaviana Gonçalves, de 40 anos, o marido Romuyuki Gonçalves, 43, e o filho mais novo do casal, Juan Gonçalves, 15, foram assassinados na casa da família em Santo André e depois tiveram os corpos carbonizados no porta-malas de, na Estrada do Montanhão, em São Bernardo, onde foram encontrados.

A promotoria aponta que Anaflávia e Carina queriam R$ 85 mil que estariam guardados no cofre da família. O grupo teria amarrado e torturado as vítimas e quando não encontraram o dinheiro, decidiram matar as três vítimas. Em depoimento, os réus chegaram a confessar o assalto, mas as versões sobre a morte das vítimas foram divergentes.