Poucos nomes na política regional trazem tanta solidez quanto o do ex-juiz de Direito, João Verissimo Fernandes.
Sem filiação partidária, o ex-secretário de Governo e de Relações Institucionais da ex-prefeita, Alaíde Damo, formou um núcleo duro de nomes experientes na cidade e que trabalham para que ele concorra ao Paço Municipal nas eleições do ano que vem.
Tranquilo, o ex-juiz afirma que nos meses em que foi o homem forte da prefeita apenas trabalhou para colocar ordem na casa. No período, ele solicitou um pente fino em contratos investigados pelas operações Trato Feito e Prato Feito, que conduziram o Prefeito Atila Jacomussi ao afastamento da Prefeitura e a prisão, na época. "Mauá não é uma terra arrasada, mas precisa de alguém com pulso firme, justo, para fazer um bom governo e trazer um recomeço para a cidade", diz.
Apesar de não ter filiação, Verissimo conhece bem o meio político. Foi Diretor de Serviços do Fórum de Mauá, onde ficou até 1992, quando foi aprovado no concurso de magistratura e assumiu uma vaga em Minas, onde ficou até 2015.
Ele é filho de Celcina Pereira Fernandes, primeira vereadora do PT de Mauá (ela morreu em 2016), e irmão de Rômulo Fernandes (PT), ex-vereador e com atuação no governo de Donisete Braga (ex-PT, atual Pros).
Ele é casado com Márcia Cristina Pereira Fernandes, que foi procuradora da Prefeitura de Mauá. A aproximação com a família Damo aconteceu quando voltou para a cidade, em 2015, e assumiu alguns processos do ex-prefeito Leonel Damo. Ele também defendeu a ex-deputada Vanessa Damo (MDB) em uma ação pessoal em 2017. "Quando Alaide assuniu interinamente a Prefeitura, pediu meu auxílio e percebi que era necessário assumir um cargo para poder fazer isso direito. Assumi a secretaria de Relações Institucionais e exonerei 18 cargos. Percebi um grande desperdício de dinheiro na máquina pública com cabide de emprego. A economia com a minha folha era de quase R$ 180 mil por mês. Isso dá R$ 2 milhões por ano, pode render equipamentos para um hospital, mais salas numa creche. É preciso ter esse olhar zelador quando falamos de dinheiro público", diz ele, que diminuiu 100 cargos quando votlou para a terceira passagem de Alaíde no Executivo.
Verissimo, que segue sendo disputado entre diferentes partidos da cidade, não divulga possíveis filiações, nem se confirma pré candidato, mas fala da intenção de recuperar a imagem de Mauá. "As investigações da Lava Jato mostraram que é necessário a chegada de novos nomes na cidade e trabalho hoje para que Mauá tenha o recomeço que merece", diz.
