Em mensagem nas redes sociais, servidores ligavam pré-candidato a um suposto esquema de caixa dois nas eleições de 2016, que ele não teria ligação

Paula Cabrera

A equipe do pré-candidato à Prefeitura de Mauá pelo PSD, João Veríssimo, o Juiz João, afirma estar sendo vítima de calúnias e difamações por parte de servidores comissionados da Prefeitura de Mauá. Na última sexta-feira (31/7), o Juiz João soltou vídeo em suas mídias sociais onde afirma que três funcionários, ligados diretamente ao prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSD), divulgaram informações "mentirosas" que o ligavam ao suposto esquema com a Odebrechet para recebimento de caixa dois na campanha à Prefeitura de Mauá em 2016. O juiz diz que à época não possuia qualquer ligação com as eleições municipais. No período, ele ainda era juiz em Minas Gerais. João, que é de Mauá, retornou a cidade pouco depois. Ele era responsável por alguns processos da ex-deputada Vanessa Damo, a maioria ligada à esfera pessoal, por conta de seu divórcio com Júnior Orosco.
No vídeo, Veríssimo confirma que abriu boletim de ocorrência pedindo a investigação do caso e também um processo criminal de calúnia e difamação contra as publicações. A servidora que compartilhou a publicação já apagou, mas a foto segue sendo compartilhada por whatsapp. O JNC recebeu a informação de que Veríssimo seria sócio "do operador do esquema" por meio de um número com DDD de Curitiba.

Mensagem compartilhada por comissionados da Prefeitura
JNC recebbeu mensagem por número cim DDD do Paraná

Assessor também registrou BO

Um dos assessores diretos do pré-candidato também registrou nesta segunda-feira (3/8) um boletim de ocorrência por ser vítima de um golpe pelo whatsapp, um novo número se identificava usando seu nome, com uma foto do Juiz João e pedia dinheiro para os contatos.
"Estão tentando aplicar um GOLPE utilizando meu nome e a foto do Juiz João. Lamento que pessoas utilizam de um momento fundamental para a nossa democracia, a fim de aplicar golpes.
Acabei de realizar um BO e peço para todos que receberem esse tipo de mensagem denunciar", diz ele em mensagem enviada aos contatos e em suas midias sociais.
Veríssimo tem sido um dos nomes que mais tem atacado a gestão de Atila nesta campanha e tem aumentado o antagonismo entre seus assessores e os do socialista.
No video que confirma o processo, ele volta a afirmar que "não é mentira, por exemplo, dizer que o prefeito Atila foi preso duas vezes e é investigado por corrupção". Procurada, a assessoria de Atila não se pronunciou.