Chegou enfim o dia mais esperado pelos mais de 40 milhões de torcedores do Flamengo nos últimos anos. A final da Libertadores neste sábado, às 17h, contra o River Plate, é o passaporte para a eternidade de uma nova geração, que sonha em repetir o maior feito continental do clube desde o título de 1981.

Mas o título não deve vir fácil. A final, aue acontece no Peru, é contra um dos times com mais história no campeonato. O clube argentino é quatro vezes campeão, inclusive da última edição. Com isso, o virtual dono do Brasileirão de 2019 medirá forças no estádio Monumental a fim de voltar à prateleira das grandes conquistas internacionais e superar 38 anos de fracassos e angústias.
Um dos principais nomes do Flamengo neste segundo semestre e responsável direto pela fase mágica vivida pelo time da Gávea, Jorge Jesus pode quebrar uma importante marca em relação a treinadores na Libertadores.
Flamengo é o terceiro time brasileiro na história a chegar em uma decisão do torneio continental com treinador estrangeiro no comando. O problema é que o histórico não é bom. Palmeiras e São Paulo estiveram em finais com técnicos de fora do Brasil e amargaram o vice-campeonato. Sob o comando de Armando Renganeschi, o Verdão perdeu para o Peñarol, isso em 1961.
O outro fato aconteceu 13 anos mais tarde, em 1974. Foi a vez do Tricolor do Morumbi, que encarou o Independiente na grande final, e também ficou com o segundo lugar. Após duas partidas decisivas, o duelo foi para o confronto de desempate, vencido pelos argentinos por 1 a 0. Com isso, Jorge Jesus pode ser o primeiro estrangeiro a vencer uma Libertadores estando com um time brasileiro no comando.

Time escalado
O técnico confirmou a escalação do Flamengo com força máxima, sem mudanças, de Diego Alves a Arrascaeta. Segundo o treinador, o Flamengo está pronto para encarar o atual campeão, e ignora o discurso de maior experiência nas últimas participações no torneio.
O português confirmou, em tom sereno e confiante, que o Flamengo manterá seu estilo. Disse ainda que não se preocupa com o componente emocional, segundo ele treinado e direcionado para um jogo de qualidade. Jogar bem e desfrutar da partida é a receita contra a tensão.
"Nossa forma de trabalhar é sobre a vertente do prazer, de transportar para o jogo qualidade. Vamos tentar fazer isso com nosso rival. É o que nos move", completou o treinador, sem esconder o protagonismo do Flamengo na final.
"Dizem que River passou por isso mais de uma vez, e isso deixa mais experiente. Mas não penso dessa maneira. A emoção se trabalha, se treina. O prazer de jogar faz com que a emoção não atrapalhe", finalizou.