Paula Cabrera

A Secretaria de Estado de Saúde de SP descartou neste sábado (1/2), o primeiro caso suspeito de coronavírus em um morador da região. O assunto, aliás, gerou controvérsia de informações entre Prefeituras e Estado. Enquanto o governo Doria afirmava que tratava-se de um morador de Santo André, que esteve em viagem recente a China, a Prefeitura da cidade afirmava que o endereço apresentado era apenas comercial, sendo que ele residia em Mauá.

No comunicado deste sábado, o Estado confirmou que o morador passou informações de domicílio em Santo André, mas descartou a doença "após visita domiciliar e constatação da ausência de febre, considerado o principal sintoma da doença."
O prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB) chegou a soltar nota oficial sobre o assunto. Segundo ele, a Prefeitura da cidade entrou em contato com o paciente, conforme orientações do Estado, para fazer acompanhamento do caso. Segundo eles, o paciente fo atendido bo Hospital Albert Einstein e passou dois endereços, sendo um deles de Santo André e o outro de Mauá, no entanto, "a Vigilância Epidemiológica do município, conseguiu localizar, neste sábado (1), o paciente notificado como suspeita da doença. Trata-se de um morador da cidade de São Paulo, cujos pais possuem endereço comercial em Santo André".
Até o momento não há caso confirmado da doença no Brasil, embora o País tenha contabilizado 12 suspeitas. Dados oficiais são registrados pelos municípios em sistema de notificação do Ministério da Saúde, e eventuais novos casos são divulgados diariamente pela Secretaria.
Em caso de sintomas como febre, dificuldade de respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus, contato próximo caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus, devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

Investigação e diagnóstico
A investigação dos casos é realizada pelas secretarias municipais de saúde, com todo apoio técnico da pasta estadual. As amostras biológicas dos pacientes são colhidas pelo hospital onde foram atendidos e enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz.
Os exames consistem numa análise que detecte o genoma do vírus, por meio do chamado PCR (sigla em inglês que significa “Reação em cadeia da polimerase”). São feitos a partir da a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz), que deve ser realizado pelo hospital que atendeu o caso suspeito e encaminhado ao laboratório de saúde pública do Estado de São Paulo.
Os resultados são comunicados pelo Lutz ao município de residência do paciente, responsável por notificar o descarte ou confirmação do caso.

Dicas de prevenção:
– Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal;
– Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
– Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
– Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
– Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.