Por Dayuri Priolean

Ser mãe é uma experiência transformadora. É se redescobrir todos os dias no sorriso de um filho, no toque de uma mão pequenina, no olhar que confia em você para o mundo. E quando a maternidade chega de forma inesperada, com desafios e diagnósticos, ela não perde a beleza — apenas muda de cor, de ritmo, de tom.

Eu sou mãe do Jorge, uma criança com deficiência física e Transtorno do Espectro Autista. Ser mãe dele me ensinou o que é amor na sua forma mais pura e forte. Um amor que não se abala com dificuldades, que não desiste diante de portas fechadas, que encontra força até onde a gente nem imaginava ter.

Neste Dia das Mães, quero estender o meu abraço para todas as mães — e, especialmente, para as mães atípicas. Aquelas que caminham fora do padrão, mas com o mesmo amor, ou até mais. Que enfrentam filas, burocracias, olhares tortos e dias exaustivos, mas que não deixam de sorrir ao ver uma conquista que para o mundo parece pequena, mas para nós é gigante.

Somos mães que conhecem o valor de um “mamãe” dito pela primeira vez aos sete anos. Que comemoram cada passo, cada palavra, cada gesto. Somos mães que lutam, sim, mas também amam com uma doçura que só quem vive essa jornada entende.

Desejo que, neste dia, possamos ser vistas com carinho, acolhidas com respeito e lembradas com amor. Que o mundo aprenda a olhar para nossos filhos com mais empatia, e para nós com mais ternura. Porque o que mais precisamos é de compreensão, rede de apoio e presença — não só em maio, mas o ano inteiro.

A todas as mães, meu carinho. Às mães atípicas, meu coração inteiro.