Paula Cabrera

A demora na confirmação do contrato entre Sabesp (Companhia de Saneamento de SP) e Sama (Saneamento Básico de Mauá) tem sido motivo de especulação em Mauá nos últimos dias. Nos bastidores, o esfriamento do acordo sinaliza que a concessionária paulista pode voltar atrás na decisão. Procurada, a Sabesp disse apenas que obedece prazos legais para assinar o contrato.
Fontes da Prefeitura dizem que queda de braço entre Prefeitura e a concessionária para acertar alguns pontos do contrato tem dificultado a confirmação do acordo. A Sabesp teria alguns pontos que não abriria mão de alterar no contrato proposto com a cidade, como postos a serem abertos na cidade e não ser responsável pelo pagamento do PDV (programa de demissões voluntárias) dos servidores da Sama. Há quem diga ainda que a direção da cúpula tem dado uma canseira em Atila por conta da difícil relação com o prefeito de Mauá.
Nessa onda, vereadores tem começado a cobrar celeridade no processo, como o Professor Betinho (PSDC), que tem usado as mídias sociais para questionar a demora na concretização da assinatura. "Estamos em pleno verão e não há água na torneira. É preciso seriedade para colocar logo fim a esse sofrimento do povo", disse.
Figura conhecida na cidade, o ex-presidente do Fundo Social de Mauá, Márcio Araújo (Podemos), também questionou a frequente falta de água no Jardim Esperança, na divisa entre Mauá e Ribeirão Pires. "Em uma mesma rua, há água para quem mora do lado da calçada que pertence a Ribeirão Pires, mas não em Mauá. Há crianças, idosos, pessoas com deficientes precisando desse recurso e sem conseguir usá-lo porque a Sama não consegue suprir isso", disse em vídeo nas redes sociais.
A previsão da Prefeitura de Mauá é de que o acordo fosse assinado na próxima semana. Nesta terça (14/1) Atila e o superintendente da Sama, Francisco Jacinto, o Icão, participaram o dia todo de reuniões com a Sabesp, mas questionada pela reportagem, a Sama não retornou até o fechamento desta matéria.