Paula Cabrera

A Câmara de Mauá aprovou nesta terça-feira (3/12) o estatuto do magistério (plano de cargos e salários para os servidores da Educação) da cidade em primeira votação. Foram incluídas ao projeto dez emendas, propostas pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores). Todas as propostas foram analisadas pela comissão de Justiça – composta pelos vereadores Chiquinho Do Zaíra (Avante), Chico do Judô e Marcelo Oliveira (PT) e devem seguir agora para apreciação das comissões de Finanças e Cultura. A expectativa é de que o projeto entre em votação definitiva na próxima terça-feira.

O governo sofreu algumas derrotas durante a votação. Algumas das emendas, que o governo entendia como complicadas de serem botadas em prática, foram aprovadas pelos vereadores. Entre elas, o pedido para que todas as faltas sejam abonadas (o projeto previa aumentar as abonadas de seis para dez) e para que a jornada de 25 hora aulas permaneça no próximo ano. Outros pontos que não estavam previstos e foram incluídos foram a solicitação para que a atualização de valorização seja anual - a previsão era de dois anos no Estatuto.
A proposta que solicita o congelamento do reajuste aos supervisores- que permitiria aumentos diretos de até R$ 4 mil- também foi mantida pelo Casa. A proposta é que o reajuste seja permitido a partir de 2022.

A votação se estendeu por toda a tarde e parte da noite. A votação foi nominal e a pressão dos professores, presentes na tribuna, acirrou debates em plenário. Os vereadores Fernando Rubinelli (PDT), Adelto Cachorrão (AVANTE), Sinvaldo Carteiro e Marcelo Oliveira (PT), comemoraram a aprovação das emendas não previstas pelos governistas. "Estamos aqui para lutar pelo direito dos professores e, como filho de uma professora, me orgulha muito essa conquista", afirmou Rubinelli.
Marcelo afirmou que era fundamental ouvir a categoria e incluir as emendas. "Foi um pedido direto dos professores. Ouvimos na reunião, recebemos as emendas e é impossível pensar em não aprová-las", disse.

Veja as emendas aprovadas