Deputado apresentou emenda para votar proposta separadamente, mas não conseguiu maioria

Paula Cabrera

O deputado Caio França (PSB) defendeu que o governo do Estado separasse o reajuste salarial dos professores do novo plano de carreira da categoria, que é opcional. O projeto enviado, e aprovado pela Assembleia, permite o reajuste de 10% apenas para quem migrar para o novo plano de carreira.
"A minha emenda foi no sentido de separar a proposta do reajuste de 10% da proposta de 'nova carreira'. Afinal, acabamos de aprovar o reajuste de todos os servidores na semana passada. Infelizmente, a bancada governista não aceitou e conseguiu aprovar o projeto no limite do quórum mínimo necessário", afirmou o parlamentar.
A proposta foi aprovada com 48. O aumento será retroativo a 1º de março e vai beneficiar 240 mil servidores ativos e 190 mil inativos. A adesão à nova carreira do magistério será voluntária. Os docentes poderão ter aumentos nos salários imediatamente, caso optem pela migração. Os servidores temporários e os novos contratados serão enquadrados automaticamente no novo plano. Já o restante dos outros professores terão que aderir em até dois anos. De acordo com o texto, os professores em início de carreira irão receber aumento que vai elevar o salário inicial para R$ 5 mil em jornada de 40 horas semanais, valor 30% maior do que o piso nacional. Professores afirmam, no entanto, que o novo plano não seria benéfico, principalmente para professores com mais tempo o Estado. "O governador deveria ter apresentado a proposta de reorganização da carreira no início da carreira, não no final. Mais uma vez a gestão Doria & Garcia demonstra total falta de consideração com os professores", afirma Caio França.