São Paulo já começou vacinação e Butantan deve pedir nova avaliação para imunizar público de 3 a 5 anos

Das agências


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira (20/1), uso da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade. O pedido inicial do Instituto Butantan, fabricante do imunizante, era para que a vacina fosse aprovada para crianças a partir dos 3 anos. 
No entanto, a agência regulatória argumentou que ainda necessita de mais dados para aprovar o imunizante nesse público. A vacina também não deverá ser utilizada em crianças imunocomprometidas.
O Ministério da Saúde ainda não deu o “aval” para o uso do imunizante no público pediátrico, mas os estados têm independência para utilizá-la e, em São Paulo, o imunizante já passou a ser aplicado hoje.
A lei de número 14.125, de 10 de março do ano passado, diz que “enquanto perdurar a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), declarada em decorrência da infecção humana pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), ficam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios autorizados a adquirir vacinas e a assumir os riscos referentes à responsabilidade civil, nos termos do instrumento de aquisição ou fornecimento de vacinas celebrado, em relação a eventos adversos pós-vacinação, desde que a Anvisa tenha concedido o respectivo registro ou autorização temporária de uso emergencial.”
A dose de CoronaVac para o público infantil é exatamente a mesma administrada para adultos, por isso a celeridade nas aplicações em São Paulo. No ABC, a Prefeitura de São Bernardo aplicou a primeira vacina nesta quinta-feira, as 16h, dando o pontapé inicial na vacinação infantil de crianças sem comorbidades.
Com a liberação, o Estado de SP soltou cronograma que prevê a vacinação do público entre 5 e 11 anos até o dia 15 de fevereiro. O Butantan deve enviar novos documentos solicitando a aprovação para a faixa etária de 3 a 5 anos, público ainda não atendido na vacinação no país.