Paula Cabrera
Os casos de coronavírus no ABC chegaram a 140 nesta quarta-feira (1/4). Ha registros de Covid-19 em todas as cidades da região. Santo André lidera a lista com 52 casos. O Estado também registra 2.981 casos confirmados, um aumento de 27% com relação ao dia de ontem. São ainda 164 mortes, sendo 28 apenas nesta quarta-feira. No ABC há ainda sete mortes confirmadas, a maioria em São Bernardo.
Em apenas 24 horas foram confirmadas 16 novos casos no ABC, nove deles em São Bernardo.
A cidade passou de 28 para 37 casos, com quatro mortes divulgadas pelo Estado e 894 notificações. O prefeito da cidade, Orlando Morando (PSDB) e sua esposa, Carla Morando, estão em isolamento após confimarem a contaminação por coronavírus. Morando está internado na UTI, recebendo oxigênio por cateter nasal.
Santo André tem 52 casos, quatro a mais do que o divulgado ontem, com duas mortes confirmadas e 14 em investigação.
São Caetano confirmou dois novos diagnósticos, sendo 32 positivos. As internações, no entanto, diminuíram e agora são apenas 38. Há ainda uma morte confirmada por Covid-19 na cidade e outras oito aguardando comprovação.
Mauá mantém 10 casos confirmados, com 340 exames aguardando comprovação.
Rio Grande da Serra se mantém com dois casos confirmados e nove em investigação.
Ribeirão Pires também mantém três casos confirmados, além de 54 aguardando a contraprova. 
Em Diadema há quatro casos confirmados, um a mais do que no último relatório. 

Números oficiais são menores
Apesar do avanço o número de casos na região pode ser ainda maior. As cidades explicam que o único laboratório que pode confirmar o teste para a rede municipal de saúde é o Instituto Adolfo Lutz, no entanto, a espera pelo diagnóstico é de até duas semanas. Segundo o governo do Estado, há mais de 14 mil exames aguardando comprovação no instituto, uma média de 1.200 por dia, sendo que a capacidade técnica é de apenas 400.
Em cemitérios de SP, o número de enterros por possível covid-19 é de cerca de 30 ao dia, segundo reportagem da Folha de SP. Após a matéria, o governo do Estado reconheceu que mais de 400 mortes aguardam diagnóstico. Um desses casos é de um enfermeiro de Santo André. O enfermeiro Idalgo Moura, 45 anos, trabalhava também no Hospital do Tatuapé, que registrou outra morte e internações de profissionais da Saúde.

A melhor maneira de evitar a contaminação é permanecer isolado e evitar aglomerações.

Idalgo Moura era enfermeiro em Santo André