Problema teria ocorrido na madrugada em sistema de backup que abastecia sistema

Da Redação

Três pessoas morreram em Santo André por um problema no sistema de oxigênio no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Santo André, que aconteceu na manhã desta terça-feira (1/6). De acordo com a direção do hospital, uma falha de comunicação entre os sistemas de "backup" provocou a interrupção no fornecimento de oxigênio da unidade. As vítimas são uma senhora de 81 anos, uma mulher de 41 anos e um homem também de 41 anos. Todos eles estavam internados com Covid na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Há dez dias, a AME Santo André é abastecida por uma usina de oxigênio com capacidade pra fornecer o gás para 23 leitos. Segundo a direção do hospital, a usina tem dois "backups", mecanismos que deveriam garantir a produção de oxigênio mesmo em caso de pane elétrica. O andar com problemas tinha dez pacientes internados.
O primeiro sistema de "backup" é uma bateria de cilindros de oxigênio. Se esse sistema falhar, o próprio tanque de oxigênio do hospital entra em ação, com capacidade para manter cerca de 20 pacientes por até 24 horas, até que a usina seja reparada.
No entanto, segundo os responsáveis pela unidade, a comunicação entre estes sistemas não funcionou e, por conta disso, faltou oxigênio na UTI para os pacientes em estado grave.
A Fundação do ABC,  contratada pelo governo estadual para administrar a unidade, abriu sindicância para apurar exatamente qual foi a falha técnica e de quem é a responsabilidade.
Em nota, a Fundação do ABC confirmou uma pane elétrica na usina de oxigênio do equipamento. "A usina de oxigênio do AME Santo André está em funcionamento há cerca de 10 dias e conta com dois sistemas de backup em caso de eventual pane. O primeiro é uma bateria de cilindros de oxigênio, que é acionada para suprir imediatamente a rede de oxigênio da unidade. Caso o problema da usina não seja resolvido, o segundo backup é o próprio tanque de oxigênio da unidade", confirma a entidade.